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O que se tornou Magia do Caos


Conforme passei no post anterior sobre a filosofia por detrás da Magia do Caos, que envolve na sua essência a liberdade e sua respectiva responsabilidade, convém agora fechar a outra ponta deste triângulo. Para dar congruência a isto, temos a liberdade de fazermos nossa Vontade pura, ou a ação, temos os resultados de nossas ações que são tipicamente conhecidos como reações, e fica faltando a terceira ponta do triângulo de nossa "Grande Obra".

Para entender esta terceira ponta entenda a manifestação da liberdade que tanto assustou o pai de Bakunin, um dos anarquistas ancestrais. Lembram que comentei sobre a corrida do pai de volta à aristocracia quando viu a manifestação prática da liberdade? Pois é... Muitas pessoas praticam a magia com seus piores medos e, quando ele se manifesta, correm de volta à ordem comum, ciência, religião ou qualquer outro conceito previsível e aceito pelos grupos que convivem juntos. Como nossas crianças trancadas à sete chaves para serem poupadas do crime, do estupro e da morte, no momento que vemos o total descontrole de nossas vidas corremos também a buscamos rédeas para controlarem esta liberdade, a colocarem ordem em nossas vidas, simplesmente porque o descontrole é a irresponsabilidade pelas consequências e reações do que fazemos. Então a última ponta deste triângulo é a RESPONSABILIDADE pelo que fazemos. Quando usamos nossa LIBERDADE, para obter as CONSEQÜÊNCIAS desta manifestação, seremos animais quando falta ou perdemos o terceiro fator humano que é a RESPONSABILIDADE.

Mas porque isto se aplica ou se enquadra na magia do Caos? Vamos lá... Lembro que na liberdade de uma pessoa fazer ou não fazer algo, terá as conseqüências desta decisão, independente do que saiba ou não fazer. Um macaco saltando de galho em galho em busca por comida é bem diferente de um agricultor que estuda as sementes, estuda o ciclo de uma planta, estuda o terreno e o clima e demais condições ao plantio, para plantar soja, milho, arroz, feijão, etc.. Claro que símios se alimentam e convivem em sociedades numa boa, mas fazem isso pois é a única coisa que o corpo deles faz além de se reproduzirem: buscar sobreviver. Quando aprendem mais coisas, macacos fazem mais coisas, e você também, caso queira.

Munidos desta faculdade de agirmos e obtermos as conseqüências de nossos atos, moldamos conceitos a formar padrões de conduta que baseiam nosso conhecimento e, em decorrência disto, formar valores a moldarem a responsabilidade por nossos atos. Uma pessoa sem esta ponta superior do triângulo é aquela que vive a linha de duas pontas da ação e reação, uma pessoa criminosa que obedece seus impulsos animais e não assume as conseqüências antes, durante ou depois deles. Claro que a descrença em si esvazia o maior poder caótico que uma pessoa pode adquirir, pois a crença é nosso instrumento de formulação e interpretação das realidades.

Cientes de suas atitudes e suas conseqüências, de onde podem e querem chegar, praticantes da Magia do Caos constroem e reconstroem o que desejam pelo seu interior animal, assim como os macacos, porém com o sucesso sempre, após todas nossas experiências prévias. Claro que erramos! Assumimos nossos erros para que possamos acertar na próxima e fabricarmos nossos conceitos, após contínua e constante labuta. Caso funcione o mundo das fadas, bem vindas ao nosso sucesso! Saci Pererê, Jesus, Anaconda, Satã, Papai Noel, Buda, etc. todos são manifestações de nosso sucesso, assim que tais resultados comprovem isso. Mas sem assumir tais experiências são apenas sucessos fortuitos, fora de uma técnica prática. Claro que a pessoa pode construir sua Torre de Babel para mesclar todas suas crenças e mitologias diferentes numa que lhe funcione, mas mesmo que conceitos mitológicos cumpram todas as necessidades cotidianas, como Amor, Guerra, Sexo, Morte (e vida, Severina), Riquezas, Mente, Ego e Magia, quando nos argumentam porque, como, quando ou qualquer coisa, nós praticantes da Magia do Caos usamos a sabedoria milenar para que quem faça as perguntas responda o que lhe convir: NÃO SEI!

Sábios maçons adotaram o mito de Hiram para "esconderem" a sabedoria e dizerem-na somente a pessoas "escolhidas". Mas assim criaram uma arapuca para si mesmos de que quem responde é que seleciona tais pessoas. Ledo engano, pois são as pessoas que perguntam, as que buscam as respostas que conseguem arquitetar seu sucesso, não quem faz mistério do que só a experiência pode ensinar. Criam-se títulos e honras cada vez mais a mascarar ostracismos e nulidades, sentenciando "pavões" a desfilarem penas fantasiando a realidade. Praticantes da magia caótica perceberam isto e, antes de disputarem quais cores eram as "mais" ou as "menos" importantes, sentenciaram as mesmas a diferentes magias para pintarem as necessidades humanas. Sobre a hierarquia que pavões confrontam com suas penas? Podemos até criar entre nós, mas todos praticantes da Magia do Caos, de ambos os sexos, somos nossos próprios Papas e o caminho de nosso sacerdócio é individual em qualquer crença, desde que o executarmos.

Englobarmos a liberdade como apenas uma ciência é uma visão muito pobre de minha parte, pois ciências foram nomes criados para regras encaixotarem fatos em nossas mentes. A magia vai além de conceitos, principalmente a caótica por usá-los do que submeter-se a eles, principal fator de compromisso caótico. O que é para uma pessoa pode não ser para outra, então nosso poder vai até onde chegam nossos resultados. Em resumo somos o que atingimos e para isto conceitos são dispensáveis. Como exemplo, dor na psicologia é um fado por via de regra, mas a glória para praticantes do BDSM, ao povo escravo. O que é patologia e para quem? Então é a própria pessoa que desenha o esboço de seu sucesso, até onde quer e chegará, com as técnicas que lhe convir na dinâmica do dia a dia. Aprendemos com o passado para aplicarmos no presente e, como bom semeador, colhermos no futuro. Ação, Reação e Responsabilidade.

Tesla di Murbox - https://www.clubedeautores.com.br/authors/19923

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